Decretar Situação de Emergência Administrativa e Financeira logo no início do seu terceiro mandato à frente do município de Itanhém foi uma atitude de extrema coragem do prefeito Bemtivi. Principalmente para líder com críticas, na maioria das vezes, sem fundamento.
Decisões drásticas como essa não podem ser tomadas da noite para o dia, daí o fato de o decreto ter sido assinado trinta dias após a posse.
E, muito embora, cidades da Bahia como Lauro de Freitas, Jacobina, Juazeiro, Curaçá e Correntina entraram com decreto semelhante uma semana após a posse, Bemtivi sabiamente optou pela cautela e por uma análise profunda da situação, juntamente com seus secretários, antes de formalizar a medida.

Segundo Bemtivi, Itanhém tem pressa. Ele sabe que a população não engole mais o argumento de que “estamos arrumando a casa primeiro” para depois colocar a gestão para andar — mesmo compreendendo que a administração herdada não deixou o município em condições ideais. Por isso a emergência.
Porém, decretar a emergência é apenas o primeiro passo. Agora, a questão principal é: quais as ações que serão, de fato, tomadas para reverter esse cenário?
Já é sabido que o decreto possibilita medidas como dispensa de licitação, renegociação de contratos e até a priorização de pagamentos essenciais. No entanto, para que isso gere resultados concretos, é fundamental que a gestão seja transparente e ágil.

Além disso, a Situação de Emergência não pode ser usada apenas como uma justificativa para dificuldades futuras. A população, que já tem pressa, espera não apenas promessas, mas soluções reais e visíveis no curto prazo.
O desafio está posto. Agora, cabe a Bemtivi demonstrar que a coragem de decretar a emergência será acompanhada por ações eficazes e resultados concretos.